Vitória da Conquista 67335h

A Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou, na noite desta segunda-feira (28), uma audiência pública dedicada a discutir o tráfego nas entradas e saídas da cidade, em trechos localizados ao longo do Anel Rodoviário Jadiel Vieira Matos. A iniciativa, proposta pelo presidente da Casa, vereador Ivan Cordeiro Filho, do Partido Liberal, lotou o Plenário Vereadora Carmen Lúcia e reuniu autoridades locais e representantes de diversas instituições para debater soluções de infraestrutura que garantam maior segurança viária.  O evento contou com a presença da prefeita Ana Sheila Lemos Andrade, do União Brasil, do vice-prefeito Aloísio Alan Costa Fernandes, do Republicanos, do deputado estadual Tiago Brandão Correia, do Partido da Social Democracia Brasileira, além dos secretários municipais de Mobilidade Urbana, Luís Paulo Sousa Santos, e de Infraestrutura Urbana, Jackson Apolinário Yoshiura. Também participaram representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Movimento Duiplica Sudoeste entre outros órgãos.

Durante a audiência, um mapa do Anel Rodoviário foi exibido no telão, destacando em vermelho seis pontos críticos com alto índice de acidentes, muitos deles com vítimas fatais. As autoridades presentes concordaram quanto à gravidade da situação e demonstraram expectativa de que as discussões resultem em ações concretas e urgentes. A prefeita Sheila Lemos ressaltou a importância das reivindicações feitas pela Prefeitura ao longo de sua gestão e defendeu uma abordagem voltada à “Mobilidade Humana”, com foco na preservação da vida. “Estamos com a cidade travada por conta da falta de melhorias na estrutura dos os ao Anel Viário. A cidade está se expandindo, mas a infraestrutura permanece congestionada por conta dos limites impostos pelas atuais condições da rodovia”, declarou. Ela também demonstrou preocupação com o prazo para contratação da nova empresa concessionária e a manutenção da via durante esse período.

“Levamos recentemente essa pauta ao governador, mostrando a gravidade da situação. Não dá mais para ver, todos os dias, pessoas chorando pelas perdas de seus familiares. Precisamos que os deputados federais baianos entrem nessa discussão imediatamente”, enfatizou. O vice-prefeito Aloísio Alan, que é médico ortopedista, destacou o impacto dos acidentes não apenas nas estatísticas, mas também na saúde pública. “Quando vemos uma vítima fatal, imaginamos quantas outras ficaram com sequelas. Muitas pessoas ficam inválidas, sem poder trabalhar. Isso também é uma questão de saúde pública. Precisamos agir. Temos uma legião de jovens sendo vitimados diariamente no Anel Viário”, alertou. O vereador Ivan Cordeiro Filho reforçou a necessidade de apresentar soluções práticas e afirmou que o próximo o será acionar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Não podemos aceitar a situação atual.

Precisamos propor alternativas, como a construção de viadutos e arelas que garantam mais segurança a quem transita pelo Anel Viário”, disse. Da tribuna, o deputado estadual Tiago Correia lembrou que a BR-116 é um dos principais eixos rodoviários do país e destacou a importância da mobilização social. “O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já havia recomendado projetos de viadutos, entregues à concessionária ViaBahia, que, infelizmente, não cumpriu sua parte. Perdemos a oportunidade de duplicação e de obras fundamentais. Hoje, a Assembleia Legislativa da Bahia acompanha de perto esse problema e tem debatido exaustivamente possíveis soluções”, afirmou. Os secretários municipais Luís Paulo Santos, de Mobilidade Urbana, e Jackson Yoshiura, de Infraestrutura Urbana, também destacaram a urgência das intervenções. “Há muito tempo se discute a necessidade de travessias adequadas no Anel Viário. A promessa de viadutos vem desde sua criação, mas nunca se concretizou. Agora, mais do que nunca, é preciso cobrar por uma solução definitiva”, concluiu Jackson.