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Mais 60 canetas do medicamento Mounjaro foram apreendidas na noite de quinta-feira (20) no Aeroporto Internacional de Salvador. Segundo a Receita Federal, o material estava com um ageiro brasileiro de 29 anos, que havia embarcado em Londres com destino a Goiânia. Essa é a segunda apreensão do produto no aeroporto em um período de dez dias. No dia 10 de março, um viajante foi flagrado transportando 100 unidades do medicamento escondidas sob a roupa. O Mounjaro, cujo princípio ativo é a Tirzepatida, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento do diabetes tipo 2. No entanto, por atuar em hormônios ligados à digestão e à saciedade, tem sido procurado para fins de emagrecimento. Sua comercialização no Brasil é proibida, e a importação só pode ser feita por pessoa física mediante receita médica. De acordo com a Receita Federal, a apreensão ocorreu após a bagagem do ageiro ar pelo scanner. Assim como no caso anterior, ele afirmou ter adquirido as canetas em Londres. Na mesma quinta-feira (20), unidades de Mounjaro e Ozempic foram apreendidas em uma clínica de Vitória da Conquista. Em 10 de fevereiro, a Receita Federal reteve 681 caixas vazias do medicamento, produzidas no Reino Unido, no Aeroporto de Salvador. O órgão informou que fará uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) para dar encaminhamento à investigação criminal.

Ao som de “Dona de Mim”, hino de empoderamento feminino, Camila Angélica Canário de Sá Teixeira fez sua entrada no Auditório Jornalista Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para a posse festiva no cargo de defensora pública-geral da Bahia. Junto com Mônica Soares e Laíssa Rocha, Camila Canário assume a chefia da DPE/BA, no Biênio 2025-2027, com o compromisso de tornar a instituição mais moderna, transparente e eficiente. O evento, realizado nesta quarta-feira (20), contou com a presença de autoridades do Sistema de Justiça e representantes dos poderes Executivo e Legislativo Baiano. Com quase 20 anos de carreira, Camila Canário é a sétima mulher a ocupar o cargo mais alto da Defensoria. Em sua trajetória, foi conselheira suplente do Conselho Superior da DPE/BA, diretora da Associação de Defensoras e Defensores Públicos da Bahia e ocupou cargos istrativos, como coordenadora do Núcleo de Proteção ao Idoso e corregedora auxiliar. No discurso de posse, destacou que sua gestão será pautada pela transparência, inovação e eficiência, além da ampliação dos serviços e uso da tecnologia para otimizar o atendimento.  “Estou aqui porque acredito numa Defensoria do Futuro, com processos automatizados, mais agilidade e qualidade nos serviços”, afirmou. Desde que assumiu, Camila implementou estratégias como a criação de uma Coordenação Estratégica, para ampliar e uniformizar a atuação da DPE/BA, a Coordenação de Tecnologia e Inovação e o uso de ferramentas de inteligência artificial para auxiliar no atendimento jurídico.  Nomeada pelo governador Jerônimo Rodrigues em fevereiro, Camila foi uma das três mais votadas na eleição interna da DPE/BA para compor a lista tríplice encaminhada ao chefe do Executivo.

A cerimônia também contou com a participação do secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, que representou o governador e reforçou a importância da Defensoria Pública para o o à justiça e a manutenção da democracia. A ouvidora-geral da DPE/BA, Naira Gomes, reafirmou o compromisso da Ouvidoria Cidadã com a defesa dos direitos da população e garantiu apoio à nova gestão. A presidente da Associação de Defensoras e Defensores Públicos, Bethânia Ferreira, destacou a necessidade de enfrentar desafios estruturais para garantir melhores condições de trabalho aos profissionais da Defensoria. Durante a solenidade, a nova equipe de gestão homenageou defensoras e defensores públicos. Mônica Soares e Laíssa Rocha enfatizaram o compromisso de manter o que foi construído e, ao mesmo tempo, inovar. “É tempo de transição, de levar conosco tudo o que foi construído, respeitando a memória da nossa instituição e suas conquistas. Mas também é tempo de construir o novo”, afirmou Laíssa Rocha.

Mônica Soares destacou o investimento em tecnologia como ferramenta para dar maior agilidade ao trabalho da Defensoria: “Estamos criando um plano diretor de tecnologia da informação para dar mais estrutura e melhores condições de trabalho aos colegas”. Camila Angélica Canário de Sá Teixeira é defensora pública na Bahia há 18 anos. Atual defensora pública-geral, é titular na área de Auditoria Militar, onde, atua em defesa da igualdade de representatividade feminina nas carreiras militares. Também integrou o Núcleo Criminal da DPE/BA e atuou nas áreas de Família, Cível, Consumidor, Idoso e Fazenda Pública. Em sua trajetória na instituição, foi conselheira suplente do Conselho Superior da DPE/BA, diretora da Associação de Defensoras e Defensores Públicos da Bahia e ocupou cargos istrativos, como coordenadora do Núcleo de Proteção ao Idoso e corregedora auxiliar. Na área acadêmica, é mestra em Segurança Pública e especialista em Processo Civil (UFBA), Direito Público (Faculdade Baiana de Direito) e Direito aplicado à Defensoria (UNIFACS), além de ter extensão em Inovação e Disrupção Digital pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Atualmente, cursa MBA em Finanças Corporativas pela Exame Inc. Camila também é coautora da Campanha Permanente contra Violência Institucional e Política de Gênero nas Defensorias Públicas e cofundadora da Associação das Mulheres Defensoras Públicas do Brasil (AMDEFA). Integra, ainda, a Comissão da Mulher da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP). Com uma trajetória sólida na Defensoria, Camila Canário inicia sua gestão com o compromisso de modernizar a instituição e ampliar o o à justiça.