Edwaldo Alves: Cunha caiu… e os outros? 1p2k1h

Foto: BLOG DO ANDERSON
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Edwaldo Alves Silva | Sociólogo | [email protected]

Por 450 votos contra 10 a Câmara dos Deputados cassou o mandato do peemebista Eduardo Cunha. Surpreendente foi a goleada, apenas 10 deputados votaram pela sobrevivência política do outrora todo poderoso que juntamente com seus comparsas tramou, articulou e executou o mandato da presidenta Dilma, que foi eleita por mais de 54 milhões de brasileiros. Na verdade, a previsão que fiz em artigo anterior confirmou-se. Após cumprir o papel sujo no golpe, Cunha seria descartado como bagaço de  laranja chupada. Para os mandantes ocultos foi importante apagar os rastros, jogar o famigerado  Cunha para a sanha deformadora e supostamente moralizante das mídias globais que existem para confundir  e servir  os enormes interesses do grande capital financeiro, do qual inclusive faz parte.  Elas precisavam  misturar, confundir, colocar no mesmo nível a inocência de Dilma com a cloaca aparentemente comandada por Cunha. Sacrificar o corrupto visível, Cunha, para atingir o objetivo de “brecar as investigações onde está”. >>>>>>

A esperada cassação de Cunha foi alardeada pelo núcleo duro da corrupção (pmdb, psdb e assemelhados) e pelos meios de comunicação como o capítulo  final do combate à corrupção. Temer, Geddel, Moreira Franco, Jucá, Aécio, Renan e o resto da quadrilha comportaram-se como justiceiros inocentes que acabavam de moralizar o Brasil. Atingiram o objetivo político: afastaram Dilma e entronizaram no poder  o nefasto e desmoralizado Temer, montaram o espetáculo circense em Curitiba para continuar o processo de tentar impedir a candidatura de Lula em 2018. Estão comemorando desbragadamente que até agora estão conseguindo esconder o próprio rabo, livrando-se de responder na justiça e na cadeia a corrupção e as relações insidiosas que há décadas mantém com as empreiteiras e os grandes empresários dos setores industriais, comerciais e do agronegócio do Brasil e do mundo.

Após ser recebido com indiferença e desprezo na ONU, o indigitado Temer tornou-se ridículo mercador das nossas empresas e serviços públicos. Para empresários estrangeiros ávidos por lucros, comanda o balcão de privatizações e concessões das riquezas criadas pelo suor do trabalho do nosso povo.

Geddel , o baiano que envergonha a Bahia, que participa da cúpula do governo Temer e na Bahia foi um  dos principais golpistas contra democracia, agora  juntamente  com Temer e outros facínoras continua tentando barrar o aprofundamento da investigação séria  e verdadeira contra corrupção. Ele sabe onde vai parar: na quadrilha que afastou Dilma, tenta enredar Lula e busca retroceder os poucos avanços sociais conquistados nos últimos anos. Mas, o povo brasileiro responde com  duas lutas fundamentais: Fora Temer e nenhum direito a menos.

Geddel, que se pretende o novo imperador da Bahia, escorregou no tomate e mostrou o próprio rabo. Está pregando descaradamente a anistia para os casos de caixa-2 nas campanhas eleitorais. Será que ele não sabe que todos os malfeitos ocorridos nos financiamentos eleitorais são descarregados na caixa-2 ?. Claro que sabe,  mas quer se salvar e livrar seus comparsas. E, aqui, em Conquista, ele tem o seu representante que todos sabem e o próprio Herzem se intitula como tal. Mesmo PMDB, mesmos conceitos políticos, mesmo método de atuação política, mesmo apoio total e absoluto a Temer  e mesmo desrespeito pelos resultados eleitorais como ocorreu com Dilma. Até hoje, não se sabe a origem de R$ 150.000,00 reado pelo PMDB à campanha anterior de Herzem . O uso do cachimbo deixa a boca torta e nós com a pulga atrás da orelha.

Edwaldo Alves Silva

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